terça-feira, 28 de julho de 2015

Voltei

mas se eu disser que é para ficar, eu vou estar mentindo

O mês de julho foi mais atribulado que junho. Não que eu não tivesse ideia do que escrever, pelo contrário, até tive algumas ideias no decorrer do mês. O que me faltou foi tempo. Eu sei que tempo a gente faz e que isso nunca foi desculpa de nada, mas venho trabalhando bastante, somado ao tempo que levo no ônibus na volta pra casa, me deixam sem muito saco para pegar o computador e escrever qualquer coisa, mesmo eu adorando fazer isso.

Nesse meio tempo andei pensando no blog e em como sempre levei (e que ainda quero levar um pouco mais) lá na minha caixinha de cereal: eu sempre me cobrei demais por levar meus blogs como um espaço mais sério, tentar pegar algumas temáticas específicas e trabalhar isso. Foi aí que percebi o meu erro. Eu não gosto de fazer isso, quer dizer, eu escreveria uma coluna de algum tema como cultura pop em qualquer outro lugar, mas não aqui e nem lá, por um motivo bem simples, eu gosto de forma mais largada com que escrevo nos meus espaços, o jeito com que conduzo as postagens e eu não posso (nem devo) fugir disso já que é uma coisa que gosto tanto de fazer e ao mesmo tempo eu acredito que consigo articular bem minha opinião quando o assunto é mais sério.

Sendo assim, vou deixar minha liberdade criativa funcionar e fazer aquilo que eu acho que devo, já que o propósito de se ter um espaço pessoal é de justamente poder fazer aquilo que se tem vontade, afinal, é sempre bom ter (mais) um espaço para se publicar a bobagem que quiser na Internet. Meu número de leitores é bem baixo, creio eu, mas nem tenho a pretensão de ser reconhecido por este espaço, só quero poder fazer as pazes comigo mesmo e não exigir tanto assim de mim mesmo.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Racismo

em sua pior forma


Maria Júlia Coutinho, a Maju, é a Garota do Tempo do Jornal Nacional desde abril deste ano. Mas isto todo mundo já sabe. O que todo mundo também já deve estar sabendo é dos ataques racistas que ela vem sofrendo depois de uma publicação na página do Jornal Nacional no Facebook. A coisa não só beira o absurdo, ela é absurda por completo, incompreensível e revoltante.

Não vim aqui para repetir o que os grandes portais (e gente que escreve melhor que eu) estão dizendo, vim desabafar e tentar entender a razão de tanto ódio por parte dessas pessoas a uma pessoa que não conhecem, que nunca lhes fez nada por ela simplesmente ter uma cor de pele diferente da delas. Em casos como este eu fico me perguntando se essas pessoas já existiam antes da Internet ou se ela só fez com que nós conhecessemos seus rostos. 

Tanta briga, tanta luta, tanto discurso sobre igualdade (em quaisquer que seja a sua forma, seja ela sexual, racial ou qualquer uma outra) e infelizmente perceber que essa gente ainda é um número muito grande e expressivo, não que acabe abafando aqueles que continuam batalhando por dias melhores, nem que isto seja capaz de anular qualquer coisa, mas com isso percebemos que ainda vivemos em um lugar podre e que está longe de ser um lugar onde todos tem o direito de procurar o seu lugar ao sol.